Escola Municipal Selvino Damian Prevê – Santa Carmem/MT
Olimpíada de Língua Portuguesa- Escrevendo o Futuro
Gênero: Memória
Aluno: Allan
6ª Série A
Professora: Lucineide Martins Silva
Tempos de Outrora
Quando eu era criança, onde eu morava a cidade era bem pequena e com muitas paisagens. Lembro com saudades daqueles tempos de tardes fagueiras, universos de paisagens colossais.
As ruas eram vazias quase não tinha carros, o meio de movimento que víamos era de carroças. Tenho em minha memória que as pessoas andavam em carros de modelos diferentes desses atuais (risos). Eram carros de carroças com rodas de madeiras e ferros, parecidos, eu acredito, como aqueles carros dos tempos em que os homens viviam no interior das cavernas, nos tempos primitivos, da era da roda, junto aos animais. Mas era festeira essa vivência que tive em companhia dos meus pais.
Onde estudávamos era uma casinha que servia como escola. Estudei até a 4ª série. Os professores, digo professora, pois naquele tempo era mais habitual ter professora e eram bem legais, porém muitos tradicionais. Confesso, as pessoas eram mais educadas e atenciosas por demais. Éramos mais fervorosos em nossa fé. Minha aula era de manhã logo cedo. Ao voltar da escola, almoçava e ia dormir um pouco, por uma hora apenas. Em seguida ia tratar dos animais e depois brincar até chegar à noite. Em seguida tomava banho de mangueira num pequeno banheiro, depois ia jantar e dormir.
Quantas lembranças das casas nas quais morávamos. Eram feitas com massa de pão, era assim que reconhecíamos nossas casas. Pois, por incrível que pareça, era esse o nosso cimento para tapar os buracos de nossas casinhas.
Os móveis eram bem simples e estragados e bem poucos. Ainda lembro-me. Não tínhamos nem geladeira, o fogão era à lenha.
A gente só ia até a pequena cidade mais próxima montados a cavalo ou de bicicleta.
Todos os dias eu saía de casa, porque tinha que trabalhar na roça.
Os brinquedos, nós mesmos fabricávamos com espigas de milhos, buchas de melão que nasciam entre os laranjais. Nas brincadeiras corríamos pelos matos, perdíamos e nos encontrávamos pelos roçados a fora. Aos domingos íamos nadar nos rios e pulávamos de trampolim que fazíamos com madeiras e grandes pedras que encontrávamos no meio do caminho.
Bons tempos de outrora.
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