quarta-feira, 8 de setembro de 2010

1º lugar

Escola municipal Selvino Damian Preve - Santa Carmem/MT
Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro/2010
Gênero Memória
Aluno: Vinicius
6ª série A
Professora: Lucineide Martins Silva

Maria e Suas Histórias

Passaram muito tempo e eu aqui com as minhas histórias. Mas ainda guardo nas minhas memórias meus tempos de criança e de eternas lembranças. E recordo-me que era bem melhor que agora. Pois a calma de outrora não se ver mais hoje em dia.
A cidade onde eu morava era bem simples, mas muito acolhedora para meu gosto. E por ser simples esta era uma das vantagens que eu via. Pois não existia trânsito, porque o transporte era a carroça e o cavalo. E dava até pra se escutar a ventania que as rodas da carroça fazia. A onde eu morava as casas eram feitas de barro e pau-a-pique parecendo morros de novelas de cavalaria das histórias que a gente às vezes ouvia.
Os costumes que os mais velhos tinham eram de tomar café nas vizinhanças em pequenas xícaras chamadas xícaras da miséria e em canecas de esmalte. Naquele tempo era assim que se chamava tomar café nessas xícaras pequenininhas.
As brincadeiras mais comuns eram cantigas – de - roda para as crianças. Enquanto que para os adultos eram bailes de comunidade que se fazia ao som do instrumento da sanfona noite e dia. Noites encantadas aquelas, viu? Meu Deus! Como ainda estão vivas aquelas sinfonias de vida em minhas memórias.
Fecho os olhos e sou levada ao meu passado com fleches de lindas memórias.
As roupas usadas para ir ao baile eram roupas de chita e cabelos trançados com laços de fitas. As moças e as mulheres usavam saiotes por baixo das roupas e combinações. Ficávamos numa belezura de uma majestosa formosura.
Namorávamos pelas frestas da parede. Namorar, nossa! Sério! Significava levar o namorado para casa e nos submetíamos à aprovação do pai e da mãe. Principalmente do pai. Só que na maioria das vezes o pai e a mãe não gostavam do namorado que a gente escolhia. Aí as coisas se complicavam um pouco. Pois gostávamos da pessoa, que o pai e a mãe não queriam.
O namorado, o noivo de outrora, era escolhido pelo pai junto com a mãe. Os pais indicavam um namorado, um noivo para as filhas, pois acreditavam que assim deveria ser. E que para o casamento dar certo deveriam eles escolher. E as filhas por obediência e educação teriam que assim se conformar, pois caso contrário seria a ovelha negra da família.
E por falar em educação, seguíamos por uma linha sistemática pra lá de tradicional. As aulas eram em casa, numa hora marcada recebíamos a professora, para o Bê - a - Bá nos ensinar, seguindo um método de ensinamento da Abelhinha.
Se bem me lembro... Ah! Como, eu me lembro! Da minha professorinha; gentil, educada e muito sistemática, explicava tudo com muito afinco.
E novamente como num fleche abro meus olhos e me vejo voltando para a minha vida de agora, guardando as sete chaves minhas inesquecíveis memórias.

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