Véspera de Natal. A turma do correio já se preparava para a festa de confraternização quando alguém chega trazendo um envelope enderaçado ao Papai Noel. A carta era de um garotinho muito pobre, cuja mãe estava doente, o pai desempregado, não tinham nada o que comer, o dono do barraco onde moravam estava ameaçando-os de despejo porque o aluguel estava atrasado há mais de seis meses e mais um infindável rosário de desgraceiras de arrancar lágrimas dos mais empedernidos corações. Ele terminava a carta pedindo R$50,00 para comprar um remédio para sua mãe.
Comovidos, o pessoal resolveu fazer uma vaquinha para arrecadar o dinheiro e enviá-lo ao menino. Conseguiram R$48,00. Colocaram o dinheiro num envelope e mandaram ao menino, felizes por terem feito uma boa ação.
Uma semana depois, um outro envelope, com a mesma letrinha pequenina, endereçada ao Papai Noel. Ansiosos pelas palavras de agradecimento do menino, todos se juntaram em torno de um dos funcionários que leu em voz alta: “Querido Papai Noel, muito obrigado pelo dinheiro que você mando. Da próxima vez, seria melhor que trouxesse pessoalmente, pois os caras do correio me roubaram dois reais”.
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